- Dicas Nutricionais -
Semana Mundial da Amamentação
Postado em 01/08/2017
Comemora-se do dia
01 a 07 de agosto a Semana Mundial da Amamentação. Além da celebração, é também
um importante período para que a sociedade tenha atenção à importância deste
ato e a necessidade de incentivo e respeito.
Amamentar não é
apenas nutrir uma criança. É um ato onde se alimenta a alma do recém-nascido.
Toda troca de afeto entre mãe e filho que acontece neste momento é importante e
fundamental para a formação mental e física do bebê!
O leite materno é capaz de suprir sozinho as
necessidades nutricionais do bebê nos primeiros seis meses de vida. Todavia,
continua sendo uma importante fonte de proteínas, gorduras e vitaminas até o
terceiro ano de vida, associado a uma alimentação saudável, segura e oportuna. Presume-se que em 1L de leite materno, no
segundo ano de vida, forneça 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de
vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia.
A composição do leite materno varia
quantitativamente de acordo com a “fase de amamentação”, por exemplo, o
colostro que é o leite produzido nos primeiros dias de vida do bebê contém mais
proteínas e menos gorduras do que o leite materno produzido em outros períodos.
O leite materno produzido por mães com filhos prematuros ou a termo também difere
quantitativamente e também qualitativamente em sua composição. Entretanto, nada
de preocupação, pois estas mudanças acontecem para suprir o seu bebê da melhor
forma possível!
Em termos qualitativos, por exemplo, a proteína
mais abundante no leite materno é a lactoalbumina que possui fácil digestão. Além
disto, estudos apontam efeitos positivos desta proteína na síntese de “peças chaves” para o
desenvolvimento cerebral.
Outro
importante aspecto do leite humano são os seus fatores imunológicos que protegem
a criança contra agentes infecciosos como vírus e bactérias, como o anticorpo
IgA (sua presença no leite é um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios
produzidos pela mãe contra agentes infecciosos com os quais já teve contato),
células de defesa (macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T), e substâncias
como lactoferrina, lisozima e fator bífido. Este último, favorece o crescimento
de uma bactéria “boa” que dificulta a instalação de bactérias “ruins” que
causam diarréia, tais como Salmonella e Escherichia coli.
Assim, de uma forma geral pode-se dizer que o
aleitamento materno é importante, pois evita morte infantil, diarréia,
infecções respiratórias, alergias, doenças metabólicas como dislipidemias,
obesidade e hipertensão arterial sistêmica, além de proporcionar melhora no
desenvolvimento cognitivo e da cavidade oral da criança.
É importante ressaltar que não é só o bebê que é
beneficiado. Estudos apontam que as mães que amamentam ficam mais protegidas
contra alguns tipos de câncer como mama e ovário, além de menor risco para
elevação de colesterol, hipertensão, obesidade, osteoporose, artrite
reumatóide, depressão pós-parto, entre outros. Além disto, devido reflexos
hormonais, há melhor recuperação pós-parto.
Espero que aproveitem o texto e sempre que
possível priorizem o aleitamento materno. Procurem bons profissionais da saúde
para uma adequada orientação!
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