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ALIMENTAÇÃO E DIABETES MELITO

Postado em 25/11/2016

No último dia 14 comemorou-se o Dia Mundial da Diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, estima-se que no Brasil haja cerca de 12 milhões de pessoas com a doença, sendo considerada a quinta causa de morte. Para entender melhor, é preciso saber que há, basicamente, três tipos de diabetes: o Diabetes Mellitus tipo I (DM I), o Diabetes Mellitus tipo II (DM II) e o Diabetes Mellitus gestacional. O diabetes, uma doença crônico-degenerativa, está relacionado com menor síntese, e em alguns casos, à ação inadequada da insulina, um hormônio essencial para o controle dos níveis de “açúcar” no sangue.

O DM tipo I pode estar associado a fatores genéticos e imunológicos. Neste caso, os pacientes, quando não diagnosticados, apresentam sintomas como excesso de urina, sede e redução de peso. Já a causa do DM tipo II é multifatorial. No entanto, o excesso de peso é um potencial fator de risco. Estes pacientes muitas vezes são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas, mas a presença de manchas em tons mais escuros da pele, em regiões como pescoço e axilas, podem ser um indicativo. Estas manchas são chamadas de Acanthosis nigricans.
 

Quando tratamos de diabetes, muito pode ser feito por meio da alimentação se pensarmos que esta doença está relacionada com o inadequado metabolismo de açúcares, com excesso de peso, entre outros aspectos. Sendo assim, o controle qualitativo e quantitativo de carboidratos é essencial tanto para gerenciamento de peso - quando necessário - quanto para controle do “açúcar” no sangue e da dose de hormônio utilizada no tratamento.   

Desta forma, carboidratos integrais, como arroz integral, quinoa, pães 100% integrais e farelo de aveia, são muito bem-vindos pelo teor de fibras e vitaminas do complexo B. Além disso, quanto menor o consumo de doces ricos em açúcares melhor será para o paciente manter a doença controlada. Entre os tubérculos, destaco uma batata conhecida como yacon. Além do baixo teor de açúcar, esta batata é rica em fibras conhecidas como pré-bióticas, que atuam na manutenção da flora intestinal adequada.  

E aquela história de que diabéticos não podem consumir frutas é mito. O importante é saber quais e qual a melhor forma de utilizá-las. Minha orientação é preferir frutas com menor teor de açúcar como pequi, abacate, polpa de coco, morangos, amoras, maçãs e cerejas, sempre controlando a quantidade, vale ressaltar. Outra dica valiosa é evitar sucos, pois em geral possuem uma carga de açúcar elevada. A fruta in natura é sempre melhor. Mas, para quem não quer abrir mão dos sucos, uma opção é usar uma porção da fruta e misturar vegetais como couve ou fontes de gorduras boas como as oleaginosas e polpa de coco (aquela parte branca da fruta que a maioria das pessoas descarta) no preparo.  

Fontes de gorduras boas devem ser inseridas na dieta de quem tem diabetes. Oleaginosas (castanha-do-pará, amêndoas, avelã, entre outras), abacate e azeite de oliva extra virgem são fontes dessas gorduras e não podem faltar nessa dieta. São ricos em ômega 9 e em minerais como potássio, cobre, cálcio, zinco. Os peixes também devem compor o cardápio dos diabéticos por serem fontes de ômega 3. Uma excelente opção que é acessível a todos é a sardinha. Espinafre cozido e couve manteiga, fontes de ácido alfa lipóico e magnésio, devem ser inseridos na dieta sem dúvidas, pois são essenciais para manutenção do metabolismo de “açúcar”. E, para finalizar, não podemos deixar de ressaltar os benefícios de especiarias como a canela e o açafrão da terra para prevenção e controle do diabetes mellitus.   

Além dos alimentos que atuam no controle e melhoram a qualidade de vida dos diabéticos, condutas como, atividade física regular, não beber, não fumar, manter um peso ideal e combinar os alimentos de forma adequada em uma refeição são essenciais para o tratamento da doença. Lembre-se sempre de procurar um profissional capacitado para uma orientação apropriada. A nutrição pode fazer muito por você!


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